Acerca do aumento da base de isenção do imposto profissional


Uma das novidades que o Chefe do Executivo hoje deverá trazer para a Assembleia Legislativa, no discurso de apresentação das LAG, é o aumento da base de isenção do imposto profissional.
Faz sentido.
Em boa verdade, o que fazia todo o sentido era suspender este imposto.
E digo apenas suspender porque tenho consciência que abolir o mesmo seria politicamente complicado.
Já suspendê-lo, à semelhança do que aconteceu com outras taxas e impostos, seria fácil e sensato.
Quem está sujeito ao pagamento deste imposto é a chamada classe média de Macau.
A tal que parece que ainda não se sabe muito bem o que é e quem a compõe.
A mesma classe média que faz sobreviver as PME's, o pequeno comércio, os pequenos restaurantes e estabelecimentos de comidas e bebidas.
A suspensão do imposto profissional implicaria maior poder de compra dessa classe média, maior consumo, mais negócio para essas PME's e para esse pequeno comércio.
Os tais que se vêem em risco de desaparecimento afogados num mercado selvático.
Por outro lado, em termos de receitas, e do seu peso no Orçamento da Região, a receita que se arrecada com o imposto profissional é risível.
Já as despesas que gera a sua recolha e tratamento não serão assim tão ínfimas.
Fica a sugestão - suspende-se o imposto pelo período de um ano.
No final do ano, avaliam-se os resultados (vão ser positivos).
E suspende-se por mais um ano.
E assim sucessivamente.
Que tal?

Comentários

  1. Amigo Pedro,

    Desconheço os meandros do sistema tributário chinês, nomeadamente aquele que vigora em Macau, mas a sua proposta não me parece descabida.

    Abraço

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  2. Ricardo,
    Sem querer ser juiz em causa própria, parece-me o caminho óbvio.
    Em vez disso, o Chefe do Executivo voltou a acenar com cheques que igualam o bilionário e o pobre.
    Uma parvoíce pegada.
    Estas LAG foram o discurso político mais vazio, oco, sem sentido, panfletário, que alguma vez ouvi.
    O que vale é que há muito dinheiro.
    E o meu povo gosta é de dinheiro.
    Abraço

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  3. Saudades da administração portuguesa, caro Pedro?

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  4. Pedro
    Que seja o melhor para o Povo.
    Beijo e uma flor

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  5. FireHead,
    Nalguns momentos, admito que sim.
    Ontem foi um desses momentos.
    Que pobreza!!

    Adélia,
    Comprar as pessoas, e o seu silêncio, com uns cheques pindéricos, dados por igual ao pobre e ao bilionário, não pode ser o melhor para o povo.

    Gábi,
    Esta medida de distribuir cheques, indiscriminadamente, é socialmente injusta e economicamente ridícula.
    Mas é mais fácil e panfletária.
    Bjs

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  6. Por algum motivo eu digo sempre que o meu Macau já não existe mais. A minha bandeira é aquela azul com os dois anjos, não a actual com a flor de lótus. Esta nada me diz.

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