Inter, muito italiano, chega à final da Champions

O Inter que ontem se apresentou em Barcelona foi uma equipa tipicamente italiana.
Um «catenaccio» perfeito, imaginado por Mourinho e interpretado à risca pelos jogadores, abateu o colosso Barcelona.
Os blaugrana ganharam o jogo (1-0) mas Mourinho conseguiu levar o Inter à final de Madrid que é que realmente interessa.
Guardiola, no final do jogo, queixava-se que Milito e Etoo pareciam dois laterais.
Mas Guardiola estava à espera de quê?
Mourinho foi contratado, e é pago a peso de ouro, para levar o Inter longe nas provas europeias.
Ganhar em Itália, os nerazurri já ganharam muitas vezes.
E têm todas as hipóteses de ganhar mais.
O que Moratti, que classificou Mourinho como um fenómeno no final do jogo, queria, era devolver o Inter às grandes noites europeias.
Sonho partilhado pelo treinador português.
Se, para isso, fosse necessário jogar feio, defender com todos, qual era o problema?
Pragmatismo também é um adjectivo que combina bem com Mourinho.
Num jogo complicado, sobretudo depois de perder Thiago Motta aos 28 minutos, o Inter segurou os ímpetos do Barcelona, alheou-se do ambiente terrível de Camp Nou, e está na final com todo o mérito.
Mérito de Mourinho, e dos jogadores, que manietaram a máquina de jogar futebol que costuma ser o Barcelona.
O golo de Piqué, aos 84 minutos,  foi o prémio de consolação para uma equipa que não deixa de ser extraordinária só porque perdeu ontem a possibilidade de defender o título conquistado na época passada na Champions.
Algo que, é bom lembrar, nenhuma equipa ainda conseguiu.

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