As Ligas dos ricos

Nas principais ligas europeias reinam os suspeitos do costume também.
Não é só em Portugal...

Em Espanha, os blaugrana venceram o Real Madrid.
Golo do sueco Ibrahimovic e mais uma demonstração de poderio e classe de uma equipa fenomenal.
Depois de ter derrotado o Inter a meio da semana, Guardiola virou-se para a competição interna, venceu o Real (o eterno rival) e subiu ao primeiro lugar.
Xabi Alonso já não vê o Barcelona pelo retrovisor.
Agora é Puyol que vê o Real no seu retrovisor.
Há ali soluções para tudo e, cada vez mais, há equipa.
Assim é difícil resistir, ainda para mais quando, na liga espanhola, os níveis competitivos têm de ser sempre muito altos.
A cronica aqui http://www.maisfutebol.iol.pt/desporto/barcelona-real-madrid-ibrahimovic-cristiano-ronaldo/1106727-4062.html

Em Itália, o Inter de José Mourinho continua a sua caminhada imparável rumo a mais um título.
O Inter não deslumbra, bem pelo contrário, mas é sólido, robusto, competitivo, e aproveita todas as escorregadelas dos adversários.
Foi o que aconteceu este fim-de-semana.
Vitória em Florença, e o aproveitamento do deslize da Juventus frente ao Cagliari (golaço de Néné, o ex-nacionalista, melhor marcador da Liga Sagres na época passada).
Mas os tiffosi nerazurri querem mais do que os sucessivos scudettos que o Inter vai conquistando.

E Mourinho também se revela pouco entusiasmado com o campeonato italiano.
Verdade seja dita, depois do escândalo Calciocaos, a liga italiana perdeu brilho, fulgor, dinheiro, vedetas e competitividade.
Descaradamente, Mourinho pisca o olho à liga inglesa, aquela que realmente lhe agrada e, sem sombra de dúvida, a mais competitiva da Europa.
Os tiffosi nerazurri têm saudades dos tempos do "Inter com genes alemães" (Andreas Brehme, Lottar Mathaus e Jurgen Klinsmann, liderados por Giovanni Trapattoni) que dominava a nível interno e europeu.
Os tempos são outros e as vitórias internas já não entusiasmam.
Nem os tiffosi, nem Mourinho.

Entusiasmo, vibração, competitividade, espectáculo, esses estão em Inglaterra.
Em terra de monarcas, o czar russo parece que conseguiu finalmente construir uma equipa diabólica.
Este Chelsea é um monstro!
Joga muito, é de uma solidez impressionante, tem opções de qualidade quase infindáveis, craques impressionantes, um índice físico assustador.
A meio da semana foi ao Porto arrumar a questão do primeiro lugar no Grupo da Liga dos Campeões.
Ontem foi dar show a Londres e bater o Arsenal, em pleno Emirates Stadium, por 3-0, com uma exibição fantástica de Didier Drogba.
O jogador africano é a imagem deste Chelsea - felino, classe pura, experiência, força física, velocidade, técnica e atitude irrepreensíveis.
Muito mérito de Carlo Ancelotti na construção deste rolo compressor.


Não é por acaso que, na corrida à Bola de Ouro, estão seis jogadores que jogam no campeonato espanhol, três que jogam no campeonato inglês e um (Etoo) que joga em Itália (ler aqui http://www.maisfutebol.iol.pt/desporto/bola-de-ouro-ronaldo-messi-france-football-maisfutebol/1106651-4062.html

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