Amigos, amigos, negócios à parte...


Esta é a conclusão a retirar das declarações de Barack Obama e Hu Jintao por ocasião da cimeira da APEC que decorre em Singapura.
A China, grande exportador, quer ver abolidas as barreiras às suas exportações.
De caminho, avisa que a imposição de barreiras alfandegárias constituirá um enorme entrave na tarefa global de  recuperação económica mundial.
Os Estados Unidos, grandes importadores, avisam os restantes países (quer dizer, assim a China e mais os outros....) que não vão contando muito com o consumo americano para alimentar as respectivas economias, que as bolsas, em terras do Tio Sam, andam muito vazias, e é preciso poupar.
Por outras palavras, fazer o que a China anda a fazer desde há algumas décadas.
Os slogans do comércio livre, da progressiva eliminação de barreiras alfandegárias, cooperação económica à escala global, são realmente muito bonitos.
Quando chega ao momento de os levar à prática, cada um olha o seu umbigo e aponta o dedo aos malabarismos do vizinho.
Mas alguém realmente tinha expectativas de algo mais concreto nesta cimeira da APEC?
É pitoresco ver os líderes mundiais ali todos reunidos, vestem umas roupas exóticas, há muita imprensa e segurança catitas, e depois vão todos para suas casas tratar dos problemas domésticos que esses é que são verdadeiramente importantes.
Hu Jintao e Barack Obama estavam a pensar em problemas domésticos quando proferiram as respectivas declarações (aqui via Voice of America http://www.voanews.com/english/2009-11-14-voa7.cfm?rss=topstories ).
Haja alguém que lhes possa atirar a primeira pedra.

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