Uma mão cheia de nada
Donald Trump é efectivamente um negociador extraordinário. Para calar os cépticos, Donald Trump negociou com Putin e Zelensky um acordo excepcional. Que dá a Putin o que este queria e algo mais, e oferece a Zelensky uma mão cheia de nada. A Ucrânia verá (talvez) as suas centrais energéticas protegidas da fúria russa. Na Primavera, quando o gelo derrete, o frio se afasta. Se, em contrapartida, Zelensky deixar os americanos extorquir as riquezas ucranianas, a energia produzida pelas suas centrais nucleares, as suas terras. E ficar sentado a contemplar russos e americanos dividir território ucraniano entre si. Na semana em que liquidou a Departamento da Educação nos Estados Unidos; recusou a entrada em território americano a um jornalista francês que o criticou publicamente; calou a Voz da América e a Radio Free Europe (soft power americano desde os anos 40 do século passado); Trump foi publicamente humilhado por Putin (deixou-o uma hora pendurado ao telefone); e cantou vitória para ...